Resenha: Sejamos todos feministas | Chimamanda Ngozi Adichie

Ei pessoal, hoje é Dia Internacional da Mulher e por isso farei a resenha de “Sejamos todos feministas” um pouquinho diferente do habitual.

Antes de começar esse texto quero deixar bem claro que tudo que vou dizer é MINHA OPINIÃO <3

Conheci esse livro através de um bookstagram (não lembro o nome da pessoa, mas quero agradecer profundamente por ter indicado esse livro) e me identifiquei muito com as palavras da autora Chimanda Ngozi Adichie.

E já quero começar com a frase da autora definindo a palavra feminista:

Feminista: uma pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os sexos.

Sim, eu sou feminista (ainda mais depois desse livro) e não, eu não odeio os homens (inclusive eu tenho namorado), eu raspo o suvaco, pinto as unhas, vou ao salão de beleza, passo batom e uso sutiã.

Sim, eu sou feminista e quero direitos iguais, quero ter as mesmas oportunidades no mercado de trabalho, receber o mesmo salário que os homens e o mesmo respeito.

Nesse livro a autora aborda questões da diferença de gênero que acaba definindo digamos que certos padrões da sociedade, como mais homens nos mais altos cargos, de comportamento e de exigências.

Lógico que sou um ser humano, mas há questões particulares que acontecem comigo no mundo porque sou mulher

Na hora que eu li essa frase eu pensei que triste realidade nós vivemos. Eu sou julgada pelo meu gênero, eu sou desrespeitada porque sou MULHER.

Eu ando na rua e quase todos os dias sofro assédio.

É tão difícil assim querer andar pela rua e não ser chamada de gostosa? De poder usar qualquer roupa sem ser julgada ou taxada de piranha? De poder correr na praia sem um me dizer “nossa vem correr pra minha casa”

Eu só queria poder andar tranquilamente, principalmente a noite sem ter medo de ser estuprada. É pedir muito?

Não quero ser tratada como um objeto e muito menos como sexo frágil eu só quero que tenham respeito por mim e pelas outras mulheres.

Sim, eu sou FEMINISTA e parece que to falando um palavrão ao dizer isso, é como se eu entrasse numa guerra. E talvez seja mesmo, uma guerra onde a causa é igualdade.

A cada mulher violentada e como se parte de mim também fosse, me dói saber que esses números de violência doméstica são absurdos e me dói mais ainda saber que acham que foi culpa da mulher. E eu digo: NÃO, VOCÊS NÃO SÃO CULPADAS, por favor não se sintam assim, vocês são vítimas, nós somos vítimas dessa sociedade machista.

E já não basta isso, milhares de pessoas compartilham coisas absurdas contra nós e isso me atinge profundamente e ainda ajuda a propagar a violência, o assédio, a intolerância.

A autora diz que as meninas já nascem culpadas e é a pura verdade. Que mulher já não se sentiu culpada por usar um short e ser assediada no ônibus? Quantas mulheres não se sentem culpadas por serem estupradas ou até mesmo por não saber limpar a casa?

Graças a Deus tem muitos homens que lutam junto com nós pela igualdade, que devemos ser exaltados pelos nossos talentos e não pelo nosso gênero.

A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente, também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente.

Eu fico muito preocupada em como vou educar minha filha (quando eu tiver uma), em como vou ensinar ela ser uma mulher forte, decidida e independente. Em como ela tem que lidar com casos de assedio, a tomar cuidado com onde e com quem ela vai.

E sim vou criar minha filha e se eu tiver um menino a serem FEMINISTAS e principalmente ensinar meu filho a ter respeito pelas mulheres a trata-las com a dignidade que merece.

Ao meu ver, feminista é o homem ou a mulher que diz sim, existe um problema de gênero ainda hoje e temos que resolvê-lo, temos que melhorar.

Esse livro me ensinou muitas coisas: a ser mais forte, a lutar pelos nossos direitos e que o caminho é longo, mas não podemos desistir jamais. Ao longo da sua narrativa a autora se mostra uma pessoa forte e fiel ao que fala, ela me abriu os olhos pra pequenas coisas que acontece e a gente acha normal e que devemos sim sentir raiva disso tudo que acontece.

E sim, escrevo esse texto com raiva, porque eu to CANSADA de ter medo, cansada de sofrer assédio, cansada de ouvir desaforo e não ser tratada como devo ser tratada. Não escrevi essas coisas porque li esse livro maravilhoso, escrevo porque vivo isso praticamente TODOS OS DIAS da minha vida.

Quem sabe um dia vou poder desejar verdadeiramente um FELIZ DIA DA MULHER!

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