Resenha: Muito amor por favor

Cada palavra toca o coração de quem se deixa levar por Muito amor por favor. Nesse livro onde o amor domina descobrimos que ele chega de diversas maneiras.

Se você também pensa em mim, em vez de fugir, porque não diz que sim?”

Eu sou fogo…

Quando sinto demais, quando me entrego totalmente ao desconhecido. Quando minha intensidade foge aos limites e o amor começa a brotar.

Quando meu coração transborda, dispara e incendeia a alma.

Quando você aparece nos meus melhores sonhos.

Eu sou fogo quando algo me faz lembrar que estou viva.

Eu sou terra…

Quando acredito que o amor é uma construção diária, porque pra amar também precisa ter os pés no chão

Sou terra quando te chamo para conversar e colocar as coisas no lugar

Quando um terremoto está prestes a abalar as estruturas e com calma tudo ajustar.

Eu sou água…

Quando seguro as minhas palavras porque ainda não é o momento certo pra falar.

Quando choro escondida porque sinto falta e acho que você não sente o mesmo.

Sou água quando um maremoto de sentimentos me inunda e que preciso ter cuidado para não me afogar.

Eu sou ar…

Quando desejo um amor leve como brisa, quando quero que me traga paz e segurança

Que me traga cuidado, carinho e uma dose de coragem.

Quando desejo que a gente caminhe no mesmo passo dessa longa jornada

Que seja como Cazuza descreveu “eu quero ter a sorte de um amor tranquilo”.

“Tenho pressa de amar. Pressa de viver um amor. Pressa de ser amado. Pressa de ser o amor de alguém. Mas, como já disse, o amor tem um quê de paciência. Não se preocupa com nossas ansiedades, prazos, agendas, horários e compromissos. Ele está, quase sempre atrasado. Mas, quando chega, é como se a solidão nunca houvesse existido.”

♥ ♥ ♥

Sinopse: Este livro reúne textos que mostram o amor do ponto de vista de quatro jovens que escrevem sobre relacionamentos legítimos e atuais, que souberam se reinventar.

Sem medo de expressar seus sentimentos, deixam para trás estereótipos já obsoletos – como o controlador machista ou o piegas choroso – e falam sobre viver a dois e sobre a natureza das relações em todos os seus aspectos.

Assim, cada autor reflete sobre o amor representado por um elemento: Arthur Aguiar escreve que “O amor é água”, dizendo que ele é fluido, mas por vezes gelado; ora tempestade, ora profundo.

Fred Elboni explica que “O amor é ar”, mostrando a leveza de se amar sem sofrer, da brisa que envolve os apaixonados, mas que por vezes torna-se furacão.

Ique Carvalho se debruça sobre quando “O amor é fogo”, que arde, aquece a alma, mas que também pode incendiar até doer.

E Matheus Rocha conta que “O amor é terra”, estável, tranquilo, mas que não escapa dos terremotos da vida, que tiram tudo do lugar para que a rotina não o extermine.

Um livro apaixonante, para quem ama e para quem quer amar um dia… e sempre.

#OpiniãoEuAmo: Tenho Muito amor por favor desde 2016, comprei por causa dos textos do Ique Carvalho, mas desde então estava parado na minha estante.

Até que o peguei pra tirar uma foto e nessa hora senti que precisava começar a leitura.

E não me arrependi!

Sabe aquele livro que abre as portas do coração e liberta as amarras? Ele é assim!

Chorei a cada palavra, suspirei por cada definição de amor, sorri quando em alguns trechos me identificava.

É muito nítida a diferença de escrita de cada autor, mesmo que eles estejam falando do mesmo assunto.

Ique fala do amor na sua forma total.

Matheus é um pouco mais melancólico e sonhador.

Arthur é mais detalhista, gosta do acaso.

Frederico é livre, desapegado, leve.

Se posso te dar um conselho: leia com coração totalmente aberto, sinta cada frase.

Muito amor por favor é o tipo de livro que te escolhe, que sente que precisa dele.

E nesse momento era o que eu mais precisava.

Eu vinha procurando respostas sobre o que é o amor, depois de tantas palavras descobri que eu já sabia, que tudo tava guardado aqui dentro pronto para transbordar.