Ao ler uma HQ você pode encontrar várias nuances, dar vários sentidos e significados a ela e com Quiral não é diferente.
A primeira questão que vem a mente é afinal, o que é Quiral?
Já que não se encontra uma resposta concreta na história, vamos ao Wikipédia:
“O termo quiralidade (atributo geométrico), é aplicado na Química Orgânica para definir um objeto que não pode ser sobreposto à sua imagem especular (espelho)… O conceito de quiral é adjunto do átomo ligado a quatro substituintes diferentes formando uma simetria tetraédrica”.
Mas ao ler, você começa a questionar se as histórias realmente não se assemelham (será que isso é um spoiler?). Bom, se tiver a mesma impressão que eu (ou não), me conta depois.
Outra questão que pode ser levada em consideração é, será que nossas histórias se assemelham, ou cada uma é diferente da outra?
Será que viemos a este mundo predestinados a cumprir algo?
São várias reflexões em uma única narrativa. E essa foi apenas a introdução, continue lendo essa resenha pra saber mais!
Sinopse: A dupla Eduardo Damasceno e Luiz Felipe Garrocho abusam da delicadeza e sensibilidade para lançar o seu mais novo quadrinho. Quiral conta a história de uma menina e um capitão , que mesmo separados por décadas, compartilham a angustia de tentar ir contra o papel e as expectativas da sociedade.
– 2 histórias acontecem ao mesmo tempo e a única coisa que as diferem são as cores;
– O traço forte, marcante e com uso de sombras, principalmente do capitão chama atenção. O uso das mãos longas me lembra um pouco Candido Portinari;
– A única forma de conhecer os personagens é pela observação, não sabemos nomes. Temos de um lado uma jovem cheia de vida e sonhos e o velho capitão que carrega consigo os fantasmas do passado;
– A única ligação entre os dois é um livro;
– Uma leitura rápida, de poucas palavras e com significados enormes.
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