Lembranças. Objetos encontrados por aí. Muitas histórias para contar. Seja bem vindo a brechó, uma grande metáfora sobre a vida.
O que de verdade carregamos?
O que de verdade levamos das nossas vidas?
O que de verdade deixamos após a nossa morte?
“A gente tem alguma coisa quando criança, e depois de adulto, quer comprar de novo por cem vezes o valor original. Talvez imagine estar comprando a própria juventude, a inocência ou algo do gênero, mas o que a gente de fato está comprando de volta é a própria ignorância. A gente que se lembrar de um tempo em que não sabia de tanta coisa.”
Sinopse: Richard é um verdadeiro caçador de tudo que é vintage, de segunda mão, “vivido”.
Enquanto o restante do mundo anda obcecado por produtos tecnológicos e trendy, ele não se cansa de andar pelas ruas à procura de vendas de espólio, mercados de pulgas e vendas de garagem, onde procura objetos que as pessoas não querem mais, como uma velha camisa de jogador de boliche da década de 1950, um velho estéreo de oito pistas ou um conjunto brega de copos dos anos 1970.
Como um verdadeiro expert, Richard fareja bons negócios e compra os objetos para revendê-los na Satori Junk, sua pequena loja.
A morte da mãe, que deixa para trás uma casa cheia de objetos que pertencem à sua infância e uma misteriosa pilha de fotos antigas, além da turbulenta história de amor com Theresa, uma mulher fascinante e instável, acabam sacudindo violentamente a vida relativamente tranquila do nosso anti-herói, com consequências imprevisíveis…
“Há um quê de morte em toda ironia.”
#OpiniãoEuAmo: Pra mim, Brechó é uma grande metáfora sobre a vida. Ao longo das páginas vemos o remexer de histórias alheias e também a do próprio personagem.
Richard após a morte dos seus pais, descobre muito mais coisas sobre o passado deles do que imaginava, ao longo da narrativa vemos o quanto isso parece ser desconfortável.
Michael Zadooria traz a tona a questão das memórias afetivas, cada objeto encontrado pelo “brechozeiro” carrega uma grande carga emocional. E isso que da o sentido todo ao livro.
O personagem principal é o tipo de cara acomodado, tudo tá bom do jeito que está, adora rotina e até meio bundão em alguns momentos.
Até que ele encontra Thereza, uma personagem viva, intensa, entregue, cheia de traumas e pesadelos.
A entrada dela na história da ritmo, um sacolejo onde parecia ser o mais do mesmo.
Os momentos monótonos que me refiro é a busca e a descrição constante dos objetos de brechó é um pouco cansativo, mas nada que comprometa a leitura.
No fundo dessa grande metáfora acho que Richard estava procurando ele mesmo.
Sou suspeita pra falar porque a Rádio Londres sempre traz livros que me surpreende muito e eu estava com uma expectativa super alta por causa dos meus amigos que já leram esse livro.
Fiquei encantada com a proposta, é uma narrativa incrível, diferente e mano nada foi mais lindo que a última página.
Leiam por favor!
♥ ♥ ♥
Espero que tenha gostado da resenha de Brechó!
Veja também:
>> Resenha O que tem de mais lindo do que isso?
Twitter: @blogeuamo
Facebook: blogeuamo
Pinterest: Giulian Ola
#UmMundoDeHistórias
Beijocas <3